Tem faltado aqui o relato do que tem acontecido no nosso jardim traseiro, o maior jardim que temos. Neste espaço tentámos colocar uma grande parte das plantas que comercializamos no viveiro, com o objectivo de o tornar num mostruário vivo. Tem por isso zonas com alfazemas, com alecrins, com cistus, com flómis, com tomilhos, com santolinas, com artemísias, e algumas zonas mistas. Este ano replantámos também duas das zonas, uma que esteve nos anos anteriores ocupada com rosmaninhos, os quais não se deram bem com os solos pesados (argilosos) e sombras do Inverno, e outra que tinha sálvias envelhecidas. Esta replantação criou alguma desigualdade no tamanho das plantas, mas era necessária.
No Inverno, quando voltámos a intervir no jardim depois de algumas semanas de relativo abandono, era este o aspecto do jardim:
A norte estão predominantemente as alfazemas, alecrins, alguns sedum, e tomilhos a cobrir o solo. De notar no entanto que esta zona não é sombreada.
Na zona central estão predominantemente Cistus, Phlomis Edward Bowles (na foto) e uma zona de Salvia que substituímos.
Na zona sul temos os Phlomis, alguns alecrins, a zona onde estavam os rosmaninhos, que substituímos este ano…
…e a zona das santolinas, dos tomilhos e do Hypericum:
Temos ainda uma zona a Este não fotografada, com artemísias e perpétua das areias (Helichrysum), além de um pequeno caminho que preenchemos este ano com tomilhos.
Neste post vamos mostrar a evolução da zona sul, a mais intervencionada, ao longo dos últimos meses. As santolinas, o Hypericum e os tomilhos foram sujeitos a uma poda severa em Fevereiro:
Em finais de Março a maioria já tinha recuperado o suficiente para não se notar que tinha sido submetida a uma poda severa.
Passado um mês, os espaços vazios começavam a estar preenchidos.
No início de Junho a maioria das plantas estava em flor.
Foi também em Fevereiro que replantámos a área onde arrancámos os rosmaninhos:
Desta vez plantámos uma mistura de plantas: eufórbia, tomilhos, perpétua das areias anã, alfazemas, Phlomis lanata nana e Helictotrichon sempervirens. Junto à zona de passagem alguns Helianthemum. Mais tarde plantámos algumas anuais para acrescentar um pouco de cor no Verão, e Achillea millefolium.
Uma vez que houve alguns períodos secos na Primavera em que não regámos convenientemente, o crescimento foi menor do que poderia ter sido. De qualquer forma, plantas recém plantadas têm sempre desvantagem em relação às plantas já estabelecidas, uma vez que estas últimas, mesmo quando severamente podadas, têm o sistema radicular bem desenvolvido.
Em finais de Abril:
No início de Maio, com a abundante floração do Cerastium tomentosum em primeiro plano:
E finalmente no início de Junho:
Como se pode notar, não podámos os Phlomis, havendo necessidade de o fazer, pelo menos ao Phlomis fruticosa. Não o fizemos para não estimular crescimento vegetativo excessivo, o que teria diminuído a floração, que, como se pode ver pelas fotos anteriores, e como mostraremos em posts futuros, foi abundante.
Em relação às restantes zonas deste jardim falaremos em posts posteriores.
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